Apresentação do Estudo “Determinantes e significados do ingresso no Ensino Superior” | Fundação Gulbenkian | Lisboa

Diana Aguiar Vieira apresentou o seu mais recente estudo: “Determinantes e Significados do Ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes de Estudantes e de Agentes do Contexto Educativo” em Lisboa, no dia 23 de fevereiro de 2018, na Fundação Calouste Gulbenkian.

O estudo visou compreender o que determina que os jovens optem por prosseguir, ou não, os seus estudos após o 12º ano. Através de uma abordagem predominantemente qualitativa, participaram neste estudo 1091 estudantes (do 9º ano até ao 1º ano do Ensino Superior) e 299 profissionais do contexto educativo (psicólogos/as de Escolas de 3ºciclo e Ensino Secundário e profissionais dos Gabinetes de Comunicação e Imagem de Instituições de Ensino Superior).

Com prefácio redigido pela Senhora Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Profª Doutora Maria Fernanda Rollo, e nota de abertura pelo Doutor Rui Marques, CEO da Forum Estudante, este estudo, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é disponibilizado em formato de livro e em acesso livre.

Entre as principais conclusões destaca-se a necessidade de: a) esclarecer a população em geral, e os jovens e suas famílias, em particular, sobre os benefícios (objetivos e intangíveis) da obtenção de uma qualificação superior; b) promover um maior conhecimento do Sistema Educativo (Cursos, percursos e Instituições), junto dos estudantes dos Ensinos Básico e Secundário, criando oportunidades de exploração vocacional dos níveis de ensino subsequentes, nomeadamente de nível superior, mas também das profissões e evolução do mundo do trabalho; c) desconstruir o preconceito social anacrónico relativo às vias de ensino profissionalizante; d) flexibilizar os percursos educativos e reforçar a permeabilidade dos sistemas educativos, diminuindo o pendor “determinista” das escolhas vocacionais do 9º para o 10º ano e do Ensino Secundário para o Ensino Superior; e) rever o sistema de acesso ao Ensino Superior; f) reforçar a aproximação do tecido empresarial e social aos contextos educativos, desde o Ensino Básico atá ao Ensino Superior; g) desenvolver um Plano Estratégico de Formação Contínua dirigida aos/às psicólogos/as do contexto escolar; e, h) ao nível do Ensino Superior, reforçar os Serviços de Apoio Psicológico e a formação psicopedagógica dos docentes.

Escala de autoeficácia na formação superior

Resumo

A Escala de Autoeficácia na Formação Superior (AEFS) avalia três dimensões: (i)
“Autoeficácia académica” – definida como a confiança na capacidade de aprender,
demonstrar e aplicar o conteúdo do curso (7 itens); (ii) “Autoeficácia na regulação da
formação” – consiste na confiança do estudante na sua capacidade para estabelecer
metas, fazer escolhas, planear, cumprir prazos e autorregular as suas ações no processo
de formação (7 itens); e (iii) “Autoeficácia na interação social” – entendida como a
confiança na capacidade para se relacionar em termos académicos e sociais com os colegas e com os professores (6 itens).   Dowload de texto integral

Como citar esta publicação:

Vieira, D. A., Polydoro, S., & Guerreiro-Casanova, D.C. (2017). Escala de autoeficácia na formação superior. Em L. S. Almeida, M. R. Simões & M. M. Gonçalves (Coords.), Adaptação, Desenvolvimento e Sucesso Académico dos Estudantes do Ensino Superior: Instrumentos de Avaliação (pp.111-123). Braga: Associação para o Desenvolvimento da Investigação em Psicologia da Educação ADIPSIEDUC.